Gravação original do mítico concerto de Zeca Afonso em março de 1974 oferecida ao arquivo da RTP
O mítico concerto de 29 de março de 1974 no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, em que Zeca Afonso cantou a “Grândola Vila Morena” foi gravado em fita magnética por Manuel Tomaz e José Videira. Passados 40 anos, as bobines originais foram agora oferecidas ao arquivo sonoro da RTP.
Manuel Tomaz explica que a fita está intacta e que a grande preocupação na altura era que as canções tivessem muita qualidade. Nesse concerto Zeca Afonso cantou duas vezes a “Grândola Vila Morena”, que viria a ser senha da Revolução do 25 de Abril.
Para ouvirem o vídeo, este enlace: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=732550&tm=4&layout=123&visual=61
O filmeCapitães de Abril é um dos filmes que narra o acontecido aquele 25 de abril de 1974. "Um retrato da Revolução dos Cravos, que mudou a história
portuguesa na década de 70. Maria de Medeiros faz um retrato pessoal e
nostálgico dos episódios mais marcantes do 25 de abril.
Na madrugada de 25 de Abril de 1974 o Rádio Clube
Português emite a célebre e interdita canção de Zeca Afonso, "Grândola".
Trata-se um código combinado com o clandestino Movimento das Forças
Armadas que nessa madrugada levou um grupo de capitães a executar um
golpe de estado e acabar com o regime do Estado Novo. O capitão
Salgueiro Maia marcha com o seu regimento sobre Lisboa, decidido a tomar
a capital sem derramamento de sangue. Entretanto, Manuel, um outro
veterano da guerra de África, toma com um punhado de camaradas o Rádio
Clube Português que se vai transformar no centro difusor do progresso da
revolução. Antónia, a mulher de Manuel, desconhecendo as actividades do
marido preocupa-se com o destino de um aluno, preso pela PIDE. Maia
chega a Lisboa e com a ajuda de Gervásio, consegue levar os seus
"Chaimites" até ao Quartel do Carmo, onde recebe a rendição de Marcelo
Caetano. Nas ruas o delirante entusiasmo popular aclamava os capitães de
Abril. "Capitães de Abril" não foi só o
projeto mais arrojado da carreira da atriz Maria de Medeiros, na sua
qualidade de realizadora, como foi igualmente uma das mais
impressionantes produções do cinema português. Partindo das memórias do
capitão Salgueiro Maia, Maria recria com sensibilidade e emotividade o
dia que mudou um país. Um golpe de estado absolutamente "sui generis",
na sua conceção e execução que espantou o Mundo e que Maria aborda com
contagiante entusiasmo. Entre a apoteose popular nas ruas de Lisboa, com
os seus saborosos episódios de circunstância, e os momentos históricos
mais marcantes do 25 de Abril, Maria filma com inegável sentido do
espetáculo popular a Revolução de Abril. Um belo filme de reconstituição
histórica, montado com sinceridade, romantismo e inteligência, que é no
limite uma justa homenagem à memória de Salgueiro Maia e a um dia
inesquecível que mudou Portugal" (http://www.rtp.pt/programa/tv/p4138)
A Revolução de 25 de Abril, denominada por alguns Revolução dos Cravos,1 refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo2 , vigente desde 19333 , e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.