O MAGUSTO
Cá na Galiza
comemoramos os Magustos. O dia próprio é o 11 de novembro, no dia
de São Martinho, mas também no dia de São Simão ou no dia de
Todos os Santos. Assam-se as castanhas e as crianças aproveitam para
brincar ao ar livre. Mas é só aqui que fazemos? Não, também em
Portugal se faz, é a mesma coisa:
Os amigos e as famílias
juntam-se à volta de uma fogueira onde se assam castanhas ou bolotas
para comer, bebe-se a jeropiga (bebida alcoólica tradicional de
Portugal preparada com aguardente mais doce e mais alcoólica que o
vinho), água-pé ou vinho novo, fazem-se brincadeiras, as pessoas
enfarruscam-se com as cinzas e cantam cantigas.
Também na nossa vila,
na praça das Neves, fazemos algo similar. Reúnem-se todos os
vizinhos da vila e com a agulha dos pinheiros assam-se castanhas, sardinhas ou churrasco e bebe-se
vinho novo.
Na nossa escola fazemos o Magusto com as castanhas que trazem os alunos das súas casas, dos seus castanheiros. Também fazemos jogos em equipas às que chamamos de cucanhas. Aproveitamos para comemorar o Samaín decorando abóboras e pondo decorações com motivos relacionados com a morte. Alguns maquilham-se com motivos de Samaín e outros enfarruscam-se com as cinzas do Magusto.
O Magusto ,
como já se disse, costuma celebrar-se no dia de São Martinho, o 11
de Novembro, ou por volta desse dia. Existe uma lenda que relaciona
esta época do ano com o santo cristão São Martinho:
Na nossa escola fazemos o Magusto com as castanhas que trazem os alunos das súas casas, dos seus castanheiros. Também fazemos jogos em equipas às que chamamos de cucanhas. Aproveitamos para comemorar o Samaín decorando abóboras e pondo decorações com motivos relacionados com a morte. Alguns maquilham-se com motivos de Samaín e outros enfarruscam-se com as cinzas do Magusto.
Decoraçao no exterior da nossa escola com os motivos do Samaín |
Num dia
estava uma grande tempestade, muita chuva, muito frio, um tempo assim
horroroso, e o militar romano Martinho ia a cavalo e estava um
pobrezinho à chuva e ao frio, sem estar coberto nem nada, à beira
da estrada. E o Martinho passou no cavalo, viu o pobre lá cheio de
frio, lá a um canto e desceu do cavalo e tirou a capa dele e pôs a
capa por cima do pobre . Por sinal, o pobrezinho era Jesus Cristo e
Jesus Cristo levanta-se e de repente a chuva pára, o vento pára,
tudo pára e aparece o sol. E Jesus Cristo supostamente disse ao
Martinho que a partir desse momento em diante, naquela altura, ia
sempre haver sol, ia ser sempre o verão de S. Martinho, em homenagem
a ele.
Mas também
há quem relacione o Magusto e o dia de Defuntos com a cultura celta.
Na sua origem estaria um ritual pagão
que se realizava no solstício de inverno, no início de novembro,
que comemorava a passagem do verão para o inverno, quando se passava
da vida no exterior para o interior da habitação. Esse dia era
chamado pelos gauleses samónios e pelos irlandeses Samhain.
Com a
chegada dos romanos e a sua conversão do cristianismo, tentaram
proibi-la mas, como não foram capazes, transformaram as suas crenças.
Ao igual que esta tradição, transformaram outras tradições como a
Semana Santa, que na verdade comemora a semeadura
por isso não acontece nos mesmos dias de um ano para o outro, já
que depende das luas.
Trabalho
realizado por:
Mario
Álvarez
Ánxela Alonso
Charo
Fernández
Sergio
Fernández
Rebeca
Pereira